Há muitos anos os governos vêm tentando combater o tráfico e este cresce em proporção geométrica frente às ações governistas que acabam sendo ineficazes perante o crime cada dia mais organizado.
O povo sabe muito bem desse poderio que esta a disposição do crime organizado, pois serve por imposição destes e pela falta de apoio social dos governos como escudo humano entre os criminosos e a policia.
Todas as ações e planos policiais estão sendo ineficazes para combater a dominação criminosa sobre a sociedade. Podemos observar durante a realização do PAN que apesar do grande aporte financeiro disponibilizado pelo Governo Lula as ações da Guarda Nacional em conjunto com a policia carioca de Sergio Cabral mais uma vez matou indiscriminadamente e os que vieram a morrer foram os trabalhadores, pobres e negros dos morros do Rio de Janeiro dando a impressão de que está em curso uma seleção induzida como controle populacional onde quem morre é o mais fraco e que tem menos condições de sobreviver nesta injusta guerra.
Guerra esta que os mais afoitos já intitularam de “Guerra Civil” como se isso fosse uma insurreição popular, fato este que não é verídico, pois não temos no país condições políticas, ideológicas e estruturais para essa tarefa gigantesca.
Esse discurso de guerra não pode servir para criminalizar a pobreza, pois o que estamos presenciando é uma guerra de “vale tudo”, não só nos morros cariocas, mas em todo o Brasil. E nessa situação o território estabelecido para o combate esta sendo a favela, e com o povo junto, onde não há leis.
O foco desse combate esta equivocado. Por isso esta acontecendo a criminalização da pobreza duplamente tendo em vista que isso acontece também com a consolidação do projeto neoliberal onde a população carcerária aumenta e esse aumento se dá através de pobres e negros que habitam as favelas comprovando ou sendo um claro indicio de que há mesmo essa intenção de se criminalizar os pobres porque estes são pobres.
Toda essa matança não gera efeito algum porque não é atingido o ponto fraco do narcotráfico que não está na pobreza e sim na elite brasileira. O verdadeiro ataque a essa atividade criminosa surtira efeito quando forem atingidos os setores da elite que lucram com essa atividade utilizando o dinheiro oriundo do trafico para alimentar o mercado financeiro internacional, fato esse que podemos comprovar com a prisão do traficante colombiano recentemente.
O bom combate ao narcotráfico se dará a partir do estabelecimento de uma parceria com as forças armadas para atuar na proteção e fiscalização de nossas fronteiras por onde entram as armas que armam os criminosos e a droga que mata os nossos jovens. Essa ação deve ser efetuada juntamente com a criação de instrumentos públicos para combater a corrupção em todas as esferas publicas e privadas e em especial na área policial, investir em inteligência onde a ação policial possa ser cirúrgica deixando assim de matar por “BALAS PERDIDAS” a população que não é o alvo dessa ação, além de se ter uma gestão de segurança integrada entre os governos federal, estadual e municipal que tenha como objetivo aproximar as comunidades do poder publico propiciando assim perspectiva de segurança publica para os próprios moradores do local.
Quando a política adotada pelos governantes é de inclusão há avanços para toda a sociedade, fato esse que não é novidade, pois já foi realizado em vários países da Europa, com o na Irlanda onde houve investimento em ouvidorias que geraram um combate sistemático a corrupção e fez a ação policial avançar dando ao país índices fenomenais de diminuição da criminalidade a partir da redução da corrupção policial e a conseqüente credibilidade dessa mesma policia.
O momento em que o Estado fazer a sua parte e ocupar o seu espaço na sociedade como um todo o crime organizado perdera terreno e conseqüentemente a corrupção desaparecerá.
ver.itamarsantos@terra.com.br
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sexta-feira, 17 de agosto de 2007
O tráfico não é coisa de pobre.
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