A violência, infelizmente já faz parte de nossas vidas. Ela é reproduzida com pesa cinematográfica e nas telenovelas, onde o ator que interpreta o “bandido” é o mais laureado pela imprensa que se beneficia da incultura popular.
Sempre que acontece uma tragédia, seja em qualquer setor da sociedade brasileira, essa mesma imprensa que vende violência, se encarrega de ser o promotor, o juiz e o júri, condenando instantaneamente o réu que deve ser imediatamente preso na cadeia.
Essa é a mesma imprensa classista que marginaliza os movimentos sociais, os favelados decretando “cadeia, neles!!!”, mas ao quando um crime é cometido pelos filhos dos bacanas as manchetes são de pé de pagina e os ancoras dos telejornais não demonstram emoção alguma ao noticiar tal crime.
Agora a noticia da hora é o grandioso acidente que vitimou mais de vinte seres humanos provocados no louco transito nacional, mas a sua majestade, a imprensa, achou o culpado rapidinho, ou seja, o motorista de uma das carretas que se salvou.
Dados oficiais (SUS) apontam 35 mil mortes por ano nas estradas brasileiras dando bilhões de reais em prejuízo, além da perda de importantes vidas humanas que se foram deixando outros milhões de familiares sofrendo com a brutal perca de um ente querido e outros tantos mutilados pelo resto de suas vidas. Isso tudo não é levado em consideração pelos grandes meios informativos.
Os governantes por sua vez não tomam atitude alguma para amenizar essa triste realidade e ainda para piorar privatizam as estradas que permanecem sem condições de atender o enorme fluxo de veículos que circulam diariamente cobrando caro para nada.
É uma triste piada o que acontece no Brasil. Onde o lucro é o objetivo principal.
O limite máximo de velocidade nas estradas é de 80 ou 120 km/h, mas ao mesmo tempo as empresas automobilísticas podem produzir livremente carros que podem ser comparados a verdadeiras máquinas voadoras. O correto nesse caso seria proibir a fabricação de automóveis velozes condicionando a produção às condições das estradas brasileiras. Além disso, o enfoque da produção está errado, pois a fabricação privilegia o individual, quando todos os sinais de saturação socioambiental apontam para uma produção coletiva e planejada.
Mas, ao contrario os governos se preparam com policiais que ao invés de proteger, multam e quando não tem policia, tem os “pardais”, verdadeiros cassa níqueis legalizados.
A violência está por todos os locais e em todas as situações, se quisermos iniciar pra valer uma luta contra a violência devemos começar a nos auto-educar na forma de como consumir. Se tiver um celular, não devo comprar outro só porque mudaram a cor e assim sucessivamente.
Afinal somos nós, sociedade, é que elegemos os políticos, somos nós que atendemos aos apelos publicitários e compramos compulsoriamente só para nos sentirmos mais que o outro, o maior, o mais moderno e sem perceber seremos os mais endividados, os mais poluidores e por conseqüência os mais culpados pelo caos em que sem encontra o país e o mundo.
Portanto, já é passado da hora de assumirmos a nossa parcela nesta tarefa de mudanças porque se não restará nada para as futuras gerações, muito menos seres humanos.
Viamão, 16 outubro de 2007.
ver.itamarsantos@terra.com.br
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quarta-feira, 17 de outubro de 2007
Cadeia; Neles!!!!
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